SINOPSE: Co-produção com um canal de televisão Francês, com a orientação do antropólogo Pierre Verger, O Poder do Machado de Xangô é a prova viva de que uma reportagem-documentário de TV pode sim seguir os moldes clássicos do documentário sem cair no desencantamento de seus objetos. O documentário conta a história da viagem de um homem brasileiro, Balbino, à África de seus antepassados e tenta mostrar mais do que revelar. O filme esboça os sinais da cultura negra em Salvador, faz um resumo das principais tradições e, num pequeno histórico, chega à expressão máxima dessa resistência cultural: a religião.Na cena mais bonita do filme, Balbino, com dificuldades de comunicação com seus antepassados do Benin, começa a cantar um hino de candomblé: Aos poucos, e isso a câmera observa silenciosamente, os africanos começam a balançar as cabeças, movem seus corpos, dão uma espécie de sorriso e começam a cantar juntos a mesma música de Balbino. Essa imagem por si só, resumiria toda a energia de identidade cultural que o filme carrega. A partir daí, Balbino começa a descobrir nas ruas os vestígios de suas origens culturais. Descobre finalmente um templo de Xangô: Lá, a câmera nos mostra com cuidado e paciência os rituais de surgimento de Xangô (aparecido no meio da multidão na imagem de um homem). Xangô (e o documentário o trata assim) caminha no meio da multidão, olha para a câmera...Grita!
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